Bem vindo ao site da Associação dos Amigos da Cortelha
A aldeia da Cortelha, no interior do concelho de Loulé, acolheu no primeiro fim-de-semana de Agosto o seu tradicional Festival de Folclore, onde marcaram presença vários grupos folclóricos que em muito abrilhantaram um festival onde se destacou a elevada qualidade do folclore apresentado em palco.
A Associação dos Amigos da Cortelha organizou, no dia 2 de Agosto, o seu habitual Festival de Folclore. Rumaram à típica aldeia da Cortelha, no interior da Serra do Caldeirão, grupos etnográficos originários dos quatros cantos do país, com um denominador comum, o excelente rigor etnográfico apresentado no palco do V Festival de Folclore da Serra do Caldeirão.
A noite, amena e convidativa, iniciou-se com o tradicional desfile dos grupos presentes, no qual ficou patente o carinho existente entre grupos e a grande consideração do muito público presente, que este ano voltou a superar todas as expectativas.
O Folclore, expressão máxima das tradições portuguesas, começou então com a prestação do Grupo Folclórico e Cultural da Boavista, originário do concelho de Portalegre e que veio divulgar os costumes e as tradições das gentes serranas de São Mamede. Este grupo, com mais de quarenta anos de existência, tem a sua base nas modas de saias, nas marcações em roda, coluna e quadrilha, para além dos balhos de saia e balhos de terreiro ou campaniços, e assim, com a simplicidade das suas danças, conquistou o muito público presente, que ovacionou no final da actuação.
Seguidamente subiu ao palco o Grupo Típico "O Cancioneiro de Castelo Branco", representando o rico e vasto espólio Etno-Folclórico de Castelo Branco. O seu folclore vivo e variado, que em ritmos quer em melodias, trouxe um brilho especial ao palco do V Festival de Folclore da Serra do Caldeirão, numa actuação que ficou marcada pelo empenho e pela paixão demonstrada por todos os elementos do grupo. Saiu de palco sob forte ovação depois de ter espalhado alegria pelo recinto.
De Lisboa veio o Grupo Etnográfico Danças e Cantares do Minho, fundado por minhotos residentes em Lisboa e que de forma muito honrosa divulgou a cultura e as tradições minhotas. Este grupo organiza o Festival de Folclore Cidade de Lisboa, onde marcará presença, em 2009, o Grupo Etnográfico da Serra do Caldeirão. Actualmente as suas actuações estendem-se muito além fronteiras e o espectáculo apresentado na Cortelha foi, como habitualmente, do agrado de todos os presentes.
Para completar um cartaz com representantes das mais distintas regiões do país, veio de Santarém o Grupo Folclórico de Abitureiras. Dançou as simples mas elegantes melodias do Povo do Bairro e destacou-se pela indumentária e pela simplicidade das suas danças. O seu espólio Etno-Folclórico representou sobremaneira os usos e costumes das gentes de Abitureiras, tendo deixado em palco o perfume e a arte de bem interpretar as tradições e costumes da região de Santarém.
Finalmente, subiu ao palco o tão esperado grupo anfitrião, o Grupo Etnográfico da Serra do Caldeirão. Para além da qualidade organizativa, patente em todos os pormenores deste Festival, a qualidade em palco foi a habitual, conquistando todos os presentes. A sua actuação trouxe à memória as tradições e as actividades, maioritariamente agrícolas, que eram o suporte económico desta região serrana e esta foi, sem dúvida, uma actuação honrosa, merecidamente aplaudida no final do Festival.
Este V Festival da Serra do Caldeirão foi mais uma vez a prova de que o folclore está bem vivo e que com actuações deste nível é impossível não conquistar o público. O folclore foi muito bem representado, para gáudio das muitas centenas de pessoas que passaram pelo acolhedor e bem decorado recinto. Bem receber e elevada qualidade organizativa foi mais uma vez o lema da Associação do Amigos da Cortelha.
O Festival de Folclore da Serra do Caldeirão foi uma organização da Associação dos Amigos da Cortelha, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, da Junta de Freguesia de Salir, da Região de Turismo do Algarve, do INATEL, da Escola Integrada de Salir e do Jornal Folclore.